Acaba de chegar ao Brasil o livro que abalou as estruturas dos pais norte-americanas: Battle hymn of the tiger mother (Hino de batalha de uma mãe chinesa), onde a escritora Amy Chua relata os seus métodos rígidos e ao meu ponto de vista, EXCESSIVAMENTE AUTORITÁRIOS, na educação das suas duas filhas.
Amy Chua deixa claro que como filha mais velha de imigrantes chineses, não tem tempo para improvisos e muito menos para fazer suas próprias regras. Diz ter um nome de família para defender e pais para orgulhar.
"Gosto de objetivos claros e formas claras de medir o sucesso”, relata a escritora.
Parece exagero???? Para mim sim, mas para uma mãe chinesa que acredita acima de tudo na TRADIÇÃO, não.
Abaixo algumas regras bem delimitadas que a mamãe Amy impõe as suas filhotas:
1. As tarefas da escola vêm sempre em primeiro lugar
2. 9 é uma nota ruim
3. Seus filhos precisam estar dois anos à frente de seus colegas de classe em matemática
4. Não se deve nunca elogiar seu filho em público
5. Se o seu filho alguma vez discordar do professor ou do treinador, você deve sempre ficar do lado do treinador ou do professor
6. As únicas atividades que você deve permitir que seu filho faça são aquelas pelas quais ele pode eventualmente ganhar uma medalha
7. Essa medalha deve ser de ouro
A favor de Amy, estão os conhecidos resultados da educação asiática pelo mundo, com gênios prodígios da matemática e músicos de sucesso aos 5 anos de idade.
Mas o que realmente me interessa saber são: Esses gênios prodígios e músicos prematuramente bem sucedidos SÃO FELIZES??? São SAUDÁVEIS tanto fisicamente como PSICOLOGICAMENTE??? GOSTAM do que fazem ou o fazem por pura obrigação, ou melhor, por imposição dos pais???
Eu como mãe, discordo da maioria dos métodos utilizados pela escritora na criação das suas filhas porém respeito muito as diferenças... sejam elas quais forem!!
Acho as diferenças culturais existentes pelo mundo fantásticas, algo que realmente me fascina!!!
Na minha opinião mamãe Amy cria as suas filhas de acordo com o que foi lhe ensinado pelos familiares, pela sua cultura e pelo que pude notar, ela se dedica muito ao que acredita ser o melhor para elas. Aliás, apesar de ter relatado dificuldades em lhe dar com a filha mais nova, as meninas parecem muita satisfeitas com a mamãe-tigre já que sua PRIMOGÊNITA tomou as dores da mãe e escreveu uma carta ao jornal Wall Street para defendê-la de mais de milhares de críticas em forma de comentários de leitores, artigos e reportagens.
Enfim, achei injusto a reação do povo norte-americano em criticar demasiadamente os metódos da mamãe-tigre sem considerar o enorme abismo que existe entre a cultura ocidental e oriental.
Eu admito que jamais submeteria a minha filha a tanta imposição.
Quero mais é conhecê-la, quero que ela me mostre o que gosta de fazer e aí sim eu estarei aqui para dar-lhe todo apoio para chegar onde desejar. Acho que estimular é importante e ter regras disciplinadoras também, não tão radicais mas não discordo que são fundamentais para realmente EDUCAR um filho.
Os ocidentais atualmente vivem uma crise por serem permissivos demais na educação dos filhos. Olhando de fora para os dois modelos de educação, pode ser que os orientais foquem demais o dever, e os ocidentais, o prazer. O ideal, no entanto, seria sempre buscar o equilíbrio. “O fato é que os ocidentais podem e devem aprender a ser mais duros e disciplinadores. Por outro lado, não podemos ser tão radicais. É bom sempre avaliar se estamos muito críticos ou flexíveis demais”(palavras de Rita Calegari, psicóloga do Hospital São Camilo (SP) retiradas da reportagem da revista CRESCER)
PROPONHO UM BRINDE AS DIFERENÇAS!! tchin, tchin
(texto baseado e com utilização de alguns trechos da reportagem publicada no site da revista CRESCER em 29/03/11)